Ministro do Turismo, Celso Sabino, é afastado da direção do União Brasil
O União Brasil decidiu nesta quarta-feira 8 afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, das funções que exercia na gestão nacional do partido. A decisão foi tomada durante reunião da executiva nacional e terá validade até a conclusão de um processo que pode resultar na expulsão definitiva do ministro da sigla, em até 60 […]


O União Brasil decidiu nesta quarta-feira 8 afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, das funções que exercia na gestão nacional do partido.
A decisão foi tomada durante reunião da executiva nacional e terá validade até a conclusão de um processo que pode resultar na expulsão definitiva do ministro da sigla, em até 60 dias, conforme o estatuto partidário.
Com a decisão, Sabino deixa de participar das deliberações do diretório e da executiva nacional do União Brasil. Apenas ele votou contra o próprio afastamento.
O ministro é alvo de um processo aberto no último dia 30, que o acusa de descumprir orientações do partido, entre elas o pedido para que filiados deixassem cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até 19 de setembro. O descumprimento da determinação foi classificado pela legenda como infidelidade partidária.
Além disso, Sabino também responde a outro processo interno, que pede intervenção no diretório estadual do União Brasil no Pará, atualmente sob sua direção. A executiva nacional decidiu nesta quarta que o comando do diretório deixará de estar sob responsabilidade do ministro. A sigla definirá um novo nome para a função.
Após o afastamento, Celso Sabino criticou a decisão do partido. “O partido, no meu entendimento, tem tomado decisões equivocadas, açodadas. A gente vai continuar com o diálogo agora, com esse processo seguindo para o Conselho de Ética, para tentar sensibilizar os membros do partido de que o momento eleitoral tem que ser deixado para o prazo eleitoral”, disse.
O ministro ironizou o governador de Goiás e vice-presidente nacional do União Brasil, Ronaldo Caiado, um dos críticos de sua postura. “Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas, eu respondo ele”, afirmou.
Mais cedo, ao chegar à reunião, Sabino afirmou que permaneceria no governo até o prazo de desincompatibilização em abril de 2026, quando deve concorrer a uma vaga no Senado pelo Pará.
“Pelo bem do turismo, pelo bem dos serviços que a gente vem fazendo em todo o país, mas especialmente pelo bem do povo do Pará pela realização da COP30, vou permanecer no governo”, disse. “Fico, tenho confiança do presidente Lula e pretendo continuar desenvolvendo os trabalhos que venho fazendo no Ministério do Turismo, tenho apoio da maior parte da bancada”, acrescentou.
O ministro também disse considerar que o processo movido contra ele não é “justo” e questionou a rapidez da tramitação no partido. “Acredito que o partido tomou decisões equivocadas, açodadas, mas que há tempo ainda de nós buscarmos o diálogo”, afirmou.
Na terça-feira 7, Sabino se reuniu com o relator do processo, deputado Fabio Schiochet (SC), e com outros integrantes da direção nacional do partido, na tentativa de negociar uma permanência até o fim da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA).
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