Missão de sonda japonesa em Vênus é encerrada. Veja suas descobertas

A Agência Aeroespacial do Japão (JAXA) declarou o fim da missão da sonda espacial Akatsuki. O objetivo do robô explorador era estudar a atmosfera do nosso vizinho cósmico: Vênus. O anúncio foi feito na última quinta-feira (18/9), em nota divulgada no site da entidade.

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Considerada a primeira nave japonesa a orbitar um planeta distinto da Terra, a Akatsuki foi lançada em 21 de maio de 2010, mas entrou com sucesso na órbita de Vênus apenas em dezembro de 2015. O atraso ocorreu devido a problemas de propulsão, que foram consertados posteriormente.

Após 14 anos funcionando normalmente, a sonda apresentou falhas em seu sistema de controle em abril de 2024. Depois de várias tentativas de restabelecer a comunicação com o veículo, a agência espacial japonesa decidiu encerrar as operações por não conseguir restaurar da maneira planejada. Além disso, o tempo útil do projeto havia excedido e foi determinante para decisão.

“Gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão a todas as organizações e indivíduos relevantes que forneceram cooperação e apoio no desenvolvimento e operação da Akatsuki”, escreve a Jaxa, em nota divulgada à imprensa.

Principais descobertas da sonda espacial Akatsuki

Maior onda de montanha do Sistema Solar já registrada

A sonda registrou a maior onda de montanha já vista no Sistema Solar. A estrutura atmosférica observada em Vênus tem extensão de quase 10 mil km, ficando sobre as montanhas venusianas. O estudo sobre a descoberta foi publicado em 2017 na revista científica Nature Geoscience. Atualmente, a Nasa planeja lançar duas missões para Vênus

Descoberta de como funciona a super-rotação atmosférica de Vênus

Através do registro da maior onda de montanha, a nave identificou como a rotação atmosférica de Vênus é tão rápida. O fenômeno é impulsionado pelos ventos super-rápidos, levando o processo ser mais veloz que a própria rotação do planeta.

Avanços na pesquisa meteorológica terrestre

Técnicas de assimilação de dados utilizadas na missão serviram de inspiração para avanços em estudos meteorológicos da Terra.

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