Na B3, Alckmin e Tarcísío dividem martelo e Haddad cutuca governador

O vice-presidente Geraldo Alckmin, o govenador de SP, Tarcísio de Freitas, dividiram palco na B3 após leilão e provocação de Fernando Haddad

Sep 5, 2025 - 19:00
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Na B3, Alckmin e Tarcísío dividem martelo e Haddad cutuca governador

Após o anúncio de que a construtora portuguesa Mota-Engil será a concessionária do túnel imerso que ligará Santos e Guarujá, no litoral paulista, a sede da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, virou palanque de políticos que devem ser concorrentes nas eleições do ano que vem.

O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), filiado ao mesmo partido do govenador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chamou o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e o chefe do Palácio dos Bandeirantes para baterem o martelo do leilão.

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Embora o discurso de Costa Filho tenha destacado o “momento histórico de fortalecimento do diálogo institucional”, nas entrelinhas, as falas de Alckmin e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foram permeadas por recados ao govenador de São Paulo. Nas últimas semanas, Tarcísio se engajou nas conversas de bastidor para avançar com o projeto de lei que pode conceder a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alckmin disse que “só estamos aqui porque o Porto [de Santos] não foi privatizado”, o que também foi destacado por Haddad. A privatização da Autoridade Portuária, porém, foi uma pauta defendida por Tarcísio no início de seu mandato como governador.

” Muita coisa aconteceu para que essa obra fosse viabilizada, muita coisa boa aconteceu. A primeira coisa foi o resgate do PAC. Nós recuperamos as dotações orçamentárias voltadas para a infraestrutura do país. Nós estamos há muitos anos sem investimento em infraestrutura. E aqui envolve orçamento geral da União, orçamento geral do governo estadual. Ou seja, envolve dinheiro público, envolve uma estatal, uma autoridade portuária que permaneceu em mãos do estado brasileiro”, disse Haddad.

O govenador de São Paulo discursou depois do ministro petista, não entrou em embate sobre a privatização, mas destacou que a escolha pela obra em parceria com a iniciativa privada teria “flexibilidade” para avançar em gargalos técnicos da obra.

A privatização do Porto estava incluída no plano de privatização do governo do Jair Bolsonaro, que tinha Tarcísio como ministro da Infraestrutra.

Tarcísio articula anistia

Tarcísio estava em Brasília quando os presidentes do Progressistas, senador Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, anunciaram que os ministros de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) filiados aos seus partidos deveriam desembarcar do governo em um mês. Como mostrou o Metrópoles, o Republicanos, partido de Tarcísio, que também compõe a base do governo federal, não deve deixar sua vaga na Esplanada.

Diante dessas articulações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi ao programa de José Luiz Datena e declarou que “rasgou-se a fantasia” de Tarcísio, como um político de centro.

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