OS POLÍTICOS E AS HIPOCRISIAS – Reflexões Teológicas: com Ricardo Alfredo
OS POLÍTICOS E AS HIPOCRISIAS - (Artigo Especial) – alfredo.ricardo@hotmail.com


OS POLÍTICOS E AS HIPOCRISIAS
Caros amigos e amigas, é notório que o vosso saber é silencioso e que este escriba vos faz apenas lembrar da forma correta, e como devem ser as relações sociais, políticas, jurídicas e humanas diante de um quadro de caos e perturbações sociais. Todavia, bem sei que o vosso conhecimento e experiência transcendem. Dito isso, quando usamos o termo hipócrita político, não passa de um reflexo do cansaço social do povo em relação às promessas de campanha e à postura falsa ou mesmo contraditória que enfrentamos, após a eleição.
É incrível como os valores, as crenças e as promessas são deixadas para trás em tão pouco tempo. Claro que esse comportamento é o mais puro reflexo de uma sociedade insolada, que navega entre a descrença e a ausência de esperança. Por outro lado, estamos acostumados a um quadro de miséria constante, insegurança e de abandono social da população que caminha sem rumo.
Infelizmente, os políticos são associados à hipocrisia social, pois, frequentemente, essas figuras públicas fazem promessas que jamais serão cumpridas. Assim como, agem sempre de maneira oportunista, visando apenas o seu próprio bem-estar e dos seus aliados, enquanto a população sempre é deixada em último plano. E assim, lamentavelmente, a miséria vai tomando conta da população em todas as áreas sociais, tornando o ser humano num animal social pacificado, sem amor-próprio e sem capacidade crítica. E pior, sem conceitos próprios sobre a política e o caminho da justiça social.
O grau de corrupção e de hipocrisia social, na atuação dos políticos, é tão profundo que beira a ignorância da razão, levando a comprometer a integridade do sistema democrático e os direitos humanos.
Aproxima-se o período eleitoral e já foi dado o pontapé inicial para as campanhas eleitorais. E é exatamente neste momento que começa a atuação dos que desejam ser eleitos e dos que buscam a reeleição. Os que buscam a reeleição apresentam-se com fato e realizações de sua atuação, ocultando os descasos e falta de compromisso com as promessas de campanha, assim como culpando o adversário pela falta de resultado concreto, como medidas de proteção à economia e de socorro aos que alimentam a nação. E sem essa proteção correta do eixo econômico, ocorre a explosão da inflação por fatores políticos e da ausência de políticas públicas.
No entanto, a grande verdade é que a inflação vem galopando em alta velocidade pela ausência de compromisso social, ético e moral tanto poder executivo como do poder legislativo, e assim, com as disparadas dos preços dos alimentos, dos transportes, da pressão na renda, o povo vem sendo jogado no campo do sofrimento, da angústia pela falta de condição básica e de dignidade para sobreviver sem o mínimo possível que é a alimentação.
Por outro lado, encontramos os supostos líderes nacionais e anunciadores da boa moral e da ética social, atolados em mazelas, desvios, emprego de parentes, corrupção ativa e passiva. E neste contexto de contradições, que as dúvidas surgem sobre a legitimidade das autoridades constituídas, visto que elas sempre agem em busca de interesses que não são republicanos. E é dessas ações mesquinhas que nasce o miserável, as doenças, o abandono social, os desamparados da sociedade e pior, a corrupção em todos os setores públicos.
Infelizmente, a nossa incapacidade em criar alternativas ou imaginar soluções viáveis como planos de estabilidade econômica, reforma do judiciário, reforma da previdência, reforma admirativa e reforma político-partidária, apenas nos indica o quanto estamos dentro de uma indigência politica e social, como nunca antes vista.
Portanto, a sociedade precisa reagir aos maus políticos, maus juízes, maus administradores e exigir que os tais sejam responsabilizados por ações que levam o erário a ser desviado e a diversas crises da sociedade. Por outro lado, é necessário haver maior transparência dos gestores públicos e dos líderes em todas as áreas, visto que há um avanço tecnológico que permite monitorar e avaliar as prestações de contas e as condutas dos gestores públicos. No entanto, é salutar dizer que cabe às autoridades constituídas observar, examinar e constatar onde? Como? E quando? Estão sendo empregados os valores dos cofres públicos.
Muita Paz, Luz e Justiça a todos!
Pesquisador e Escritor Ricardo Alfredo
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