Prefeitura arrecada 1,6 bi em leilão de títulos da Operação Faria Lima
Segundo a prefeitura, a ação visa transformar a valorização imobiliária em investimentos estruturantes em áreas vulneráveis da cidade

A Prefeitura de São Paulo anunciou a arrecadação de R$ 1,668 bilhão em receitas durante um leilão, nesta terça-feira (19/8), de títulos da Operação Urbana Consorciada Faria Lima. O edital do leilão previa que a gestão municipal arrecadasse mais de R$ 2,8 bilhões com a venda de 164.509 Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs), para investimentos estruturantes no Complexo do Paraisópolis, zona sul da capital.
Apesar do recorde, a gestão municipal conseguiu vender apenas 57,6% dos títulos ofertados, sem nenhum valor de ágio em cima do preço mínimo de R$ 17,6 mil por m². Conforme a pasta, o valor levantado foi comemorado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) e será prioritariamente usado em habitação popular, infraestrutura e equipamentos públicos.
A prefeitura tem como objetivo transformar a valorização imobiliária na Faria Lima em investimentos estruturantes em uma das áreas mais vulneráveis da cidade. A venda dos títulos permite incorporadoras e construtoras construírem prédios além dos parâmetros urbanísticos.
Recursos da Operação Faria Lima
Entre as ações previstas pela prefeitura paulistana com o leilão, estão a regularização fundiária nas favelas Paraisópolis, Porto Seguro e Jardim Colombo, além de obras de infraestrutura e a implantação de equipamentos culturais e esportivos nessas comunidades.
O dinheiro também será destinado para intervenções na própria região da Faria Lima, como o prolongamento da Avenida Brigadeiro Faria Lima até a Avenida dos Bandeirantes.
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A gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou ainda que a lei que criou e definiu o perímetro da Operação Urbana Faria Lima com a inclusão do Complexo Paraisópolis autorizou um acréscimo de 250 mil m² de área adicional de construção, tornando viável a realização de uma nova oferta de Cepacs.
Questionada sobre um possível desinteresse do mercado pelos títulos, em razão dos últimos acontecimentos às vésperas da oferta, a gestão municipal disse que está dentro do normal e que o mesmo aconteceu nos leilões passados da mesma Operação Urbana Faria Lima. O primeiro leilão, realizado agora em agosto, negociou 164.509 Cepacs. Um segundo, com 54.009 unidades restantes, ainda é esperado sem data definida para ocorrer.
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