Pressionado internamente, Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino em reunião com Trump

O plano de Trump para encerrar a guerra em Gaza O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não aceitou a criação de um Estado palestino em reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (29). O líder israelense está sendo alvo de críticas e pressões internas por causa do acordo. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "De jeito nenhum, e não está escrito no acordo. Uma coisa ficou clara: nos oporemos com veemência a um Estado palestino", afirmou em um vídeo publicado desta terça-feira (30) no Telegram. O texto divulgado pela Casa Branca é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro. A proposta condiciona a existência do Estado palestino ao avanço da reconstrução de Gaza e a reformas na Autoridade Palestina. Só então haveria condições para seguir “em direção à autodeterminação e ao Estado palestino, reconhecido como a aspiração do povo palestino”. O plano dos Estados Unidos também prevê a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel da Faixa de Gaza após o acordo ser fechado. No entanto, mesmo tendo afirmado apoiar a proposta ao lado de Trump, Netanyahu declarou que o Exército permanecerá na maior parte do território. "Nós vamos recuperar todos os nossos reféns, vivos e bem, enquanto o Exército permanecerá na maior parte da Faixa de Gaza", disse. A proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos foi mal-recebida por parte do governo de Israel. O ministro das Finanças do país, Bezalel Smotrich, classificou o plano de Trump para acabar com a guerra como "um fracasso diplomático estrondoso". Em uma rede social, Smotrich afirmou que o documento de 20 pontos é uma "mistura intragável" e "desatualizada". Disse ainda que representa "um retorno à concepção de Oslo". O comentário é uma referência ao acordo de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), com mediação da Noruega. O pacto buscava a paz com reconhecimento mútuo, mas não foi concretizado. Segundo o ministro das Finanças, o plano de Trump ignora "as lições de 7 de outubro de 2023", data do ataque do Hamas contra Israel que deu início à guerra. Netanyahu se encontra em uma situação deliciada em Israel. Pesquisas indicam que a população está cansada da guerra, enquanto famílias de reféns exigem uma solução rápida. Ao mesmo tempo, ministros podem derrubar o governo se considerarem haver concessões excessivas para a paz. De acordo com o jornal Times Of Israel, uma pesquisa feita na noite de segunda-feira pela Universidade Hebraica de Jerusalém indicou que 71% dos israelenses apoiam o plano dos Estados Unidos. Por outro lado, apenas 12% acreditam que ele será executado. LEIA TAMBÉM Plano dos EUA para Gaza tem ultimato ao Hamas, apoio internacional e temor de moradores: veja o que se sabe Secretário de Trump critica 'generais gordos' e diz que diversidade levou a 'décadas de decadência' nas Forças Armadas Com apoio da extrema direita, Parlamento de Portugal aprova pacote anti-imigração O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante anúncio na Casa Branca, em 29 de setembro de 2025 REUTERS/Jonathan Ernst VÍDEOS: mais assistidos do g1

Sep 30, 2025 - 16:30
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Pressionado internamente, Netanyahu diz que não concordou com Estado palestino em reunião com Trump

O plano de Trump para encerrar a guerra em Gaza O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não aceitou a criação de um Estado palestino em reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na segunda-feira (29). O líder israelense está sendo alvo de críticas e pressões internas por causa do acordo. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "De jeito nenhum, e não está escrito no acordo. Uma coisa ficou clara: nos oporemos com veemência a um Estado palestino", afirmou em um vídeo publicado desta terça-feira (30) no Telegram. O texto divulgado pela Casa Branca é vago sobre a criação do Estado da Palestina, mas indica um caminho que pode levar a esse reconhecimento no futuro. A proposta condiciona a existência do Estado palestino ao avanço da reconstrução de Gaza e a reformas na Autoridade Palestina. Só então haveria condições para seguir “em direção à autodeterminação e ao Estado palestino, reconhecido como a aspiração do povo palestino”. O plano dos Estados Unidos também prevê a retirada gradual das Forças de Defesa de Israel da Faixa de Gaza após o acordo ser fechado. No entanto, mesmo tendo afirmado apoiar a proposta ao lado de Trump, Netanyahu declarou que o Exército permanecerá na maior parte do território. "Nós vamos recuperar todos os nossos reféns, vivos e bem, enquanto o Exército permanecerá na maior parte da Faixa de Gaza", disse. A proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos foi mal-recebida por parte do governo de Israel. O ministro das Finanças do país, Bezalel Smotrich, classificou o plano de Trump para acabar com a guerra como "um fracasso diplomático estrondoso". Em uma rede social, Smotrich afirmou que o documento de 20 pontos é uma "mistura intragável" e "desatualizada". Disse ainda que representa "um retorno à concepção de Oslo". O comentário é uma referência ao acordo de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), com mediação da Noruega. O pacto buscava a paz com reconhecimento mútuo, mas não foi concretizado. Segundo o ministro das Finanças, o plano de Trump ignora "as lições de 7 de outubro de 2023", data do ataque do Hamas contra Israel que deu início à guerra. Netanyahu se encontra em uma situação deliciada em Israel. Pesquisas indicam que a população está cansada da guerra, enquanto famílias de reféns exigem uma solução rápida. Ao mesmo tempo, ministros podem derrubar o governo se considerarem haver concessões excessivas para a paz. De acordo com o jornal Times Of Israel, uma pesquisa feita na noite de segunda-feira pela Universidade Hebraica de Jerusalém indicou que 71% dos israelenses apoiam o plano dos Estados Unidos. Por outro lado, apenas 12% acreditam que ele será executado. LEIA TAMBÉM Plano dos EUA para Gaza tem ultimato ao Hamas, apoio internacional e temor de moradores: veja o que se sabe Secretário de Trump critica 'generais gordos' e diz que diversidade levou a 'décadas de decadência' nas Forças Armadas Com apoio da extrema direita, Parlamento de Portugal aprova pacote anti-imigração O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante anúncio na Casa Branca, em 29 de setembro de 2025 REUTERS/Jonathan Ernst VÍDEOS: mais assistidos do g1

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