Ratos, baratas e entulho: servidores denunciam caos em hospital do DF

Profissionais de saúde denunciam condições precárias no Hospital Regional do Gama (HRG). Segundo os relatos, há ratos e baratas circulando entre os pacientes, além de entulho espalhado pelos corredores. Também dizem que falta leitos para os doentes e que o número de servidores nos plantões é insuficiente.

Veja: 

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Profissionais de saúde denunciam a presença de ratos no HRGMaterial cedido ao Metrópoles2 de 6

Hospital tem várias áreas tomadas por sujeira e entulhosMaterial cedido ao Metrópoles3 de 6

Segundo os profissionais, o hospital está sucateadoMaterial cedido ao Metrópoles4 de 6

Além dos ratos, baratas também são vistas com frequência no hospitalMaterial cedido ao Metrópoles5 de 6

Pacientes estão internados nos corredores Material cedido ao Metrópoles6 de 6

Hospital também enfrenta falta de profissionais Material cedido ao Metrópoles

O Metrópoles conversou com profissionais do HRG nesta segunda-feira (17/11).

“A situação está crítica, temos ratos pelo hospital circulando no meio de crianças e pacientes”, afirmou um membro da equipe de saúde, que preferiu não se identificar.

De acordo com os profissionais, os corredores do hospital, que ficam ao lado das janelas que dão acesso aos locais de atendimento, estão cheios de entulhos. Profissionais de saúde também contam que há baratas pelos corredores do HRG.

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De acordo com os relatos, a equipe de enfermagem está desfalcada e não há enfermeiros suficientes para cobrir escala.

A superlotação de leitos no pronto-socorro fez com que a equipe criasse leitos improvisados, colocando os pacientes no corredor em macas com apenas uma identificação na parede.

Outro lado

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou que foi executada uma desratização em 22/10/2025 com validade de 90 dias e que um reforço adicional foi solicitado.

Sobre a superlotação, a pasta argumentou que o HRG é referência em diversas especialidades, realiza um dos maiores serviços de maternidade da rede pública brasiliense, fazendo, em média, mais de 500 partos por mês, e atende também moradores do Entorno Sul e de outras regiões do DF, o que naturalmente ocasiona momentos de maior demanda.

Para enfrentamento desse cenário, a SES afirmou vem desenvolvendo um conjunto de ações para a ampliação da capacidade assistencial. Como por exemplo:

– remanejamento de espaços, liberando áreas internas destinadas à abertura de novos leitos;

– Recolhimento de bens inservíveis em larga escala, possibilitando a desobstrução e reorganização de ambientes;

– Priorização de setores com rede de gases medicinais instalada, permitindo expansão de leitos com menor necessidade de obras estruturais;

Quanto às condições de acomodação de pacientes e acompanhantes, informou que houve processo de compra centralizada de mobiliário hospitalar, incluindo poltronas reclináveis.  A Diretoria Hospitalar realizou a distribuição interna de mobiliário, priorizando setores críticos e unidades com maior fluxo de acompanhantes.

A pasta acrescentou que tem atuado de forma contínua para ampliar o quadro de profissionais da rede pública de saúde. Nos anos de 2024 e 2025, a SES/DF, nomeou 733 médicos especialistas efetivos, todos aprovados em concurso público. Além de 662 médicos generalistas, 13 Médicos Neonatologistas, 195 Motoristas e 324 Padioleiros, todos através de processo seletivo temporário. Também foi realizada a ampliação da carga horária de 20 para 40 horas semanais para 1018 profissionais.

O último concurso para médicos, que se encontra vigente até o dia 24/09/2026.

O concurso público para enfermagem realizado em 2022 ofereceu 101 vagas imediatas e formação de cadastro reserva. Desde então, a SES-DF já nomeou 548 candidatos aprovados para o cargo, conforme publicações no Diário Oficial (DODF). A última nomeação ocorreu em 17 de dezembro de 2024. Há 4.995 candidatos no cadastro reserva, sendo 4.976 aguardando convocação e 19 em final de fila, e o concurso permanece válido até 24 de setembro de 2026.

“A Secretaria reconhece os desafios enfrentados para o provimento de profissionais de saúde, realidade que afeta tanto o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto o setor privado. A recomposição das equipes está entre as prioridades da gestão, mas depende também da disponibilidade orçamentária e das autorizações legais para novas contratações”, ressaltou.