Vídeo: chefe explica por que se negou a cozinhar para príncipe William
Principal nome da cozinha paraense, o chefe Saulo Jennings se negou a assinar menu vegano para evento organizado pelo príncipe William
Belém — Principal nome da cozinha paraense, o chefe Saulo Jennings virou notícia nos últimos dias após se negar a assinar o menu do prêmio Earthshot, organizado pelo príncipe William, no Rio de Janeiro.
Em conversa com a coluna nesta quarta-feira (5/11) em Belém, onde cozinhará para o presidente Lula, é uma comitiva de 30 pessoas, Saulo explicou por que se recusou a cozinhar para o evento de William.
Segundo o chef, o motivo vai além da exigência feita pelo prêmio por um menu vegano e tem a ver com sua missão de mostrar que a Amazônia tem como ser sustentável com consumo de peixe.
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O chefe Saulo JenningsIgor Gadelha/Metrópoles
Bate-papo da alteza real com finalista do Prêmio EarthshotNina Quintana/Metrópoles
Príncipe William no Rio de Janeiro
“Eu tentei colocar comidas da Amazônia, como peixes também, não desrespeitando o veganismo, que eu acho que é super importante. Mas a minha missão e o propósito é mostrar que a Amazônia pode ser sustentável comendo peixe. Até mesmo por um projeto de manejo de pirarucu que eu tenho com as comunidades ribeirinhas há mais de 16 anos. Peixe que entra em extinção. Então, acho que não comunga realmente. Então, não é só sobre esse pedido, é sobre o tema que tem que ser levantado de sustentabilidade na Amazônia e comer e preservar tudo que vem da floresta, dos rios”, explicou.
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Para Saulo, esse tema da sustentabilidade na Amazônia precisa ser debatido. Ele ressaltou que seu trabalho tem por trás institutos e uma universidade que chancelam o conhecimento.
“Então, com certeza é essa a minha missão. Então, eu não poderia fazer alguma coisa que vai ferir. Não estou dizendo que eu seria contra, mas eu acho que as pessoas têm que começar a ouvir também esses modelos de sustentabilidade que valem a pena, que às vezes só dizem: ‘Olha, poxa, mas matar os animalzinhos é insustentável’. Depende. Aqui na Amazônia, se fizer com respeito, com manejo, não é não é agressivo, é sustentável”, disse.
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