Intoxicação por metanol: polícia identifica distribuidoras suspeitas

Segundo o governo de SP, a polícia identificou 4 distribuidoras suspeitas nas investigações contra a intoxicação por metanol. Há 2 presos

Sep 30, 2025 - 17:00
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Intoxicação por metanol: polícia identifica distribuidoras suspeitas

A Polícia Civil de São Paulo identificou, nessa segunda-feira (29/9), quatro distribuidoras como suspeitas durante as investigações relacionadas a intoxicação por metanol em bebidas no estado de São Paulo. Dois suspeitos foram presos nesta terça-feira (30/9).

Segundo o governo do Estado de São Paulo, equipes policiais de três departamentos da Polícia Civil estiveram em locais suspeitos de produção ilegal. Nesta terça, a administração estadual anunciou que apreendeu 50 mil garrafas de bebida com suspeita de adulteração. Outros 15 milhões de selos fraudados foram apreendidos.

Só em setembro, 43 mil fiscalizações foram realizadas em estabelecimentos comerciais espalhados em todo o estado.

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Ainda de acordo com o governo, o foco das investigações é combater as fábricas clandestinas de bebidas adulteradas. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) descarta, por ora, o envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC), considerando a estrutura de fabricação encontrada.

A suspeita é que as práticas sejam realizadas por quadrilhas independentes, uma vez que nunca havia registro de uso de metanol na adulteração. Entre as linhas de investigação estão a hipótese de contaminação indireta, acidente no processo ou até o uso da substância para lavagem de garrafas reaproveitadas.

Só nesta terça-feira (30/9), 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diferentes pontos da capital paulista, incluindo 17 na Mooca. Agora, a investigação visa rastrear a origem das distribuidoras e os fluxos de pagamento. Os donos de estabelecimentos já prestaram esclarecimentos, e as operações avançam sobre a cadeia de distribuição a partir das vítimas identificadas.

Interdições e casos

Um gabinete de crise foi implementado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta terça. A medida foi determinada após uma reunião técnica, realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, para detalhar as medidas adotadas no combate à intoxicação por metanol e a investigação dos envolvidos.

O governo afirmou que fará a interdição cautelar de estabelecimentos com suspeita de comercialização de bebidas fraudadas, mas não informou o número de interdições, nem quais serão os locais interditados.

“É fundamental fazer esse fechamento cautelar de todos os estabelecimentos em que tivemos ocorrência para aprofundar a investigação. A preocupação é garantir a segurança do cidadão. O estabelecimento só vai ser liberado para voltar a funcionar se tivermos certeza que está seguro”, afirmou o governador do estado Tarcísio de Freitas.

Até o momento, o governo confirma sete casos de intoxicação por metanol, com suspeita de consumo de bebida adulterada. Outros 15 casos seguem em investigação. Já foram registrados cinco mortes: uma na capital e quatro ainda em análise — três em São Paulo e um em São Bernardo do Campo. Quatro casos foram descartados.

Alerta

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitiu, nesta terça-feira (30/9), um alerta aos profissionais de saúde sobre o risco de intoxicação por ingestão de metanol.

O aviso foi realizado por meio do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Centro de Vigilância Sanitária (CVS). A substância pode estar presente em bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas e, por ser altamente tóxica, leva à cegueira permanente e até ao óbito.

O alerta divulgado aos serviços de saúde do estado reforça que os sinais e sintomas costumam aparecer entre 6 e 24 horas após a ingestão.

Sintomas de intoxicação por metanol

  • Sonolência
  • Tontura
  • Dor abdominal
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Confusão mental
  • Taquicardia
  • Visão turva
  • Fotofobia
  • Convulsões
  • Acidose metabólica

Nos casos mais graves, pode haver cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e comprometimento neurológico.

Segundo a pasta, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve ser avaliado imediatamente e realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. O alerta emitido traz orientações técnicas sobre a conduta clínica a ser adotada nestes casos.

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