Maduro pede fim das tensões após Trump enviar caças ao Caribe

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, alerta para risco de “conflito militar de grande impacto” após mobilização dos EUA na região

Sep 6, 2025 - 11:30
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Maduro pede fim das tensões após Trump enviar caças ao Caribe

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nessa sexta-feira (5/9) que os Estados Unidos (EUA) reduzam as tensões no Caribe para evitar um “conflito militar de grande impacto”. A declaração ocorreu após o presidente norte-americano, Donald Trump, autorizar o Exército dos EUA a derrubar aviões venezuelanos que ameacem navios americanos e enviar 10 caças F-35 para Porto Rico.

De farda militar, Maduro discursou diante de milicianos em Caracas e acusou Washington de tentar impor uma “mudança violenta de regime” na América Latina.

“Nenhuma das diferenças que tivemos e continuamos a ter poderia levar a um conflito militar de grande impacto ou à violência na América do Sul. Não há justificativa para isso”, afirmou.

As declarações foram feitas logo após caças venezuelanos sobrevoarem o destróier USS Jason Dunham, que atua no Caribe em operações contra o narcotráfico. O Pentágono classificou a manobra como “altamente provocativa”.

Trump, por sua vez, disse que não busca derrubar Maduro, mas manteve críticas ao regime chavista, ao qual acusa de liderar cartéis de drogas e enviar narcóticos e criminosos aos EUA.

“Bem, eu não quero falar sobre isso, mas se eles nos colocarem em uma posição perigosa, eles serão abatidos”, afirmou o republicano, durante entrevista na Casa Branca.

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Cerco dos EUA

  • A ação militar ocorre em meio ao endurecimento da política externa dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro. Washington acusa o presidente venezuelano de ligação com o cartel de Los Soles, apontado por investigações norte-americanas como peça central do narcotráfico na região.
  • Até o momento, não foram apresentados documentos ou provas concretas que sustentem a participação direta de Maduro.
  • Atualmente, uma frota de navios de guerra dos EUA se dirige à região costeira da Venezuela, enquanto a Casa Branca promete que “todo o poder” norte-americano será usado contra o tráfico na América Latina.
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O ditador da Venezuela, Nicolás MaduroJesus Vargas/Getty Images2 de 5

Venezuela realizou eleição em Essequibo, território da GuianaZurimar Campos/Presidência da Venezuela3 de 5

Jesus Vargas/Getty Images4 de 5

Nicolás MaduroDivulgação/Assembleia Nacional da Venezuela5 de 5

Nicolás MaduroJesus Vargas/Getty Images

Ataque a embarcação venezuelana

A escalada de tensões deixou mortos. Nesta semana, um ataque da Marinha norte-americana a uma embarcação venezuelana, supostamente ligada ao cartel Tren de Aragua, matou 11 pessoas. O episódio foi classificado por fontes do governo de Trump como “apenas o começo” da nova ofensiva de Washington contra o chavismo.

Apesar do tom conciliador em alguns trechos, Maduro rebateu as acusações e disse que a Venezuela está “sempre disposta a dialogar, mas exige respeito”.

O líder venezuelano chamou as ações dos EUA de “beco sem saída” e pediu que Washington abandone “planos de violência contra a soberania latino-americana”.

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