Segurança pública de SP já reinvestiu R$ 90 milhões contra o crime
O Governo do Estado tem apostado em iniciativas para garantir a proteção dos cidadãos, o combate à criminalidade e a prevenção da violência
Inteligência, tecnologia, inovação e interlocução. Esse é o combo de estratégias que tem enfrentado o crime no estado de São Paulo. Entre os pilares de trabalho da Secretaria de Segurança Pública de SP, estão o programa de política pública batizado de Muralha Paulista e o combate ao crime organizado, em que R$ 90 milhões já foram recuperados.
Só hoje, devido a Muralha Paulista, existem 94 mil câmeras interligadas que atuam na proteção de São Paulo 24h por dia. Na prática, mais de 60% da população está coberta por todo esse monitoramento.
No enfrentamento ao crime organizado, o Recupera SP, iniciativa inédita, já possibilitou a recuperação de R$ 90 milhões, recursos que estão sendo reinvestidos em ações de segurança pública.
As iniciativas do Governo de SP visam a proteger os cidadãos, prevenir a violência, combater a criminalidade e garantir o cumprimento da lei.
Muralha Paulista
A Muralha Paulista é uma política pública inovadora. Desenvolvida pelo Governo de SP para implantação nos níveis estadual e municipal, garante uma gestão mais inteligente e integrada na segurança, com foco no controle da mobilidade criminal.
Isso significa dificultar a ação de criminosos ainda durante os deslocamentos, aumentando a chance de prisão e reduzindo a incidência de crimes.
Para isso, a estratégia une recursos físicos e digitais em tempo real em um “cerco” completo. Dessa forma, conecta ferramentas que fazem o processo acontecer:
- Câmeras de monitoramento e sensores de organizações públicas e privadas.
- Integração de bancos de dados (de veículos, pessoas).
- Indicadores (perfil de vítimas, estatísticas de criminalidade).
- Georreferenciamento (regiões, bairros) que permitem uma atuação mais eficiente e assertiva das forças policiais, operacionais e especializadas.
Essa unificação junto a adoção de recursos como a computação em nuvem e a Inteligência Artificial ajudam a aprimorar a tomada de decisões, prever padrões de criminalidade, alocar recursos de forma estratégica, fortalecer investigações e garantir uma resposta mais precisa.
Com dados certos, na hora certa e sob curadoria humana, o Muralha Paulista tem uma visão clara de contexto para subsidiar decisões melhores, legais, proporcionais e baseadas em evidências.
Assim, contribui para a segurança em todos os níveis, partindo da prevenção via dados e tecnologias; passando pelo aumento da proteção e sensação de segurança com presença estratégica de soluções e policiais nas ruas; conquistando grandes avanços no combate à criminalidade.
Como aderir
A adesão ao programa pode ser feita tanto por Prefeituras, quanto por empresas (CNPJ) e cidadãos (CPF) que tenham câmeras voltadas para ruas e vias públicas.
O cadastro é gratuito, mediante preenchimento de informações diretamente no site do Muralha Paulista. Tudo é feito em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e demais legislações aplicáveis.
Combate ao crime organizado
O Governo de São Paulo também está combatendo o crime organizado com estratégia, tecnologia e inteligência. Pela primeira vez, a segurança pública está recuperando o dinheiro do crime e reinvestindo no combate aos criminosos – R$ 90 milhões já foram recuperados.
Mais de R$ 1,5 bilhão está sendo investido no combate ao crime organizado. São 427 operações para desarticular o ecossistema do crime organizado, ou seja, 1 operação a cada 3 dias.
Isso é fruto de uma gestão inteligente e orientada por dados, que encara a necessidade de uma resposta sistêmica para enfrentar a complexidade e a natureza das facções.
Para isso, a Secretaria de Segurança Pública vem intensificando operações de forma integrada e coordenada para atacar os alicerces estruturais que sustentam essas organizações: a economia ilícita, a logística operacional e o comando hierárquico.
A fim de desmantelar e asfixiar organizações envolvidas no tráfico de drogas, a segurança ampliou o potencial de localização dos pontos-chave da estrutura logística e, consequentemente, a apreensão de centenas de toneladas de entorpecentes.
Na prática, gerou-se um prejuízo financeiro à estrutura do crime, com valor estimado em R$ 3 bilhões.
Somando esforços na descapitalização e desarticulação logística do crime, o Governo criou o programa Recupera-SP, com legislação específica (decreto 68.926/2024) que regulamenta a destinação dos recursos apreendidos em operações de lavagem de dinheiro diretamente para o Fundo Estadual de Segurança Pública.
Essa medida assegura que o capital confiscado do crime seja reinvestido no próprio sistema de segurança, criando um ciclo virtuoso que potencializa as ações de combate.
Soma-se ao processo o trabalho realizado em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), uma colaboração vital para garantir que as ações policiais sejam acompanhadas de investigações robustas e processos judiciais eficazes, permitindo que lideranças do crime organizado sejam devidamente responsabilizadas.
Isso inclui nomes emblemáticos como: “Japa” (Karen de Moura Tanaka Mori, suspeita de lavagem de dinheiro de facção criminosa); “Nego Boy” (Caio Vinicius, acusado de liderar o tráfico em comunidade de Santos); “Danone” (Rodrigo Pires dos Santos, líder de alto escalão de uma facção).
As abordagens multi-institucionais incluem operações especiais que merecem destaque, como a Salus et Dignitas, realizada com o Gaeco para desarticular a logística do crime no centro de São Paulo, com prisão de líderes e fechamento de imóveis e comércios que lavavam dinheiro para o crime.
A segurança também atuou na maior ação do Brasil contra adulteração de combustíveis ligada ao crime organizado com a operação Carbono Oculto, prejudicando diretamente o esquema financeiro.
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