O medo de Bolsonaro, Tarcísio e a esperança de uma salvação
Bolsonaro adia o apoio a Tarcísio e coloca a direita em xeque, priorizando a barganha pela sua própria impunidade.

É um fato que o futuro da direita brasileira está indefinido e a busca por um sucessor capaz de herdar o capital político de Jair Bolsonaro é a articulação que mais preocupa os personagens envolvidos. A possível e tão falada candidatura de Tarcísio de Freitas tem sido a pauta nos bastidores políticos.
O colunista e Doutor em Ciência Poítica, Christian Lynch, aponta um movimento global de fortalecimento da extrema-direita, que se manifesta no Brasil por meio do bolsonarismo.
Embora a figura de Bolsonaro possa perder força com o tempo, a ideologia extremista continuará a ser uma força relevante na política nacional.
“Um cara como Tarcísio teria todo incentivo para radicalizar, porque hoje está parecendo que o normal da direita é ser extrema-direita. Parece que esse é o mood, a trend, do momento”, avalia Lynch
É nesse contexto que Tarcísio de Freitas surge como um dos principais nomes para a sucessão.
Largando a eventual cautela, o governador de São Paulo tem se posicionado de forma mais contundente em relação a temas importantes do eleitorado de bolsonaro e da direita radicalizada. Chegou a afirmar abertamente que, se eleito presidente, seu “primeiro ato” seria conceder indulto a Bolsonaro.
Na avaliação de Lynch, isso revela que Tarcísio está aproveitando o momento mais amedrontado e vulnerável de Bolsonaro para captar seu apoio e se apresentar como um “Bolsonaro 2.0”.
Porém o ex-presidente, além de tentar “vender” seu apoio pelo preço mais alto possível, mostra uma trajetória voltada pra dentro. Deixa para trás “feridos”, não confia em ninguém, prioriza seus próprios interesses e é indeciso.
“Bolsonaro não tem cérebro político. Ele tem medo de ir para prisão e ser esquecido – como já deixou tantos para trás, estará sozinho. Com exceção da família”, diz Lynch
Confira:
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