Suspeito de fornecer materiais para falsificar bebidas é preso em SP
Segundo o Deic, o suspeito criou uma rede para comprar garrafas de destilados, falsificá-las e vendê-las a falsificadores de bebidas em SP

Um homem foi preso nesta sexta-feira (3/10), suspeito de ser um dos principais fornecedores de materiais para a produção de destilados adulterados em São Paulo. Ele foi localizado no bairro Jardim Corumbé, na zona norte da capital paulista.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito mantinha armazenado em dois imóveis itens como garrafas, tampas, rótulos, caixas para embalar e até os selos arrecadadores de impostos da Receita Federal falsificados para por nos vasilhames. Ainda de acordo com a investigação, o material localizado nos endereços abastecia “diversas regiões” do estado, especialmente no interior.
7 imagens
Fechar modal.
1 de 7
Segundo a polícia, o suspeito preso revendia as garrafas com itens falsificadosDivulgação/ Polícia Civil de São Paulo2 de 7
Tampas usadas nas falsificações das garrafas.Divulgação/ Polícia Civil de São Paulo3 de 7
O suspeito abastecia diversas regiões de SP, principalmente o interiorDivulgação/ Polícia Civil de São Paulo4 de 7
O suspeito preso falsificava até os selos da Receita FederalDivulgação/ Polícia Civil de São Paulo5 de 7
As garrafas eram vendidas a falsificadores de bebidas e de lá chegavam em baladas de SPDivulgação/ Polícia Civil de São Paulo6 de 7
Polícia apreendeu itens usados nas falsificações das garrafasDivulgação/ Polícia Civil de São Paulo7 de 7
Suspeito preso comprava garrafas usadas, lavava elas e revendia com embalagens falsasDivulgação/ Polícia Civil de São Paulo
As autoridades apontaram que o preso criou uma rede para comprar garrafas de uísque, vodcas, gins entre outras. Na posse dos vasilhames, ele os lavava e na sequência recolocava os rótulos falsificados, tampas, selos de autenticidade e todos os itens necessários para compor embalagens parecidas com as originais. Até prensas eram usadas para o envase das garrafas.
Os produtos falsificados eram embalados em caixas idênticas às das marcas. Centenas de garrafas e milhares de outros itens foram apreendidos. A polícia acredita que os compradores eram falsificadores espalhados por São Paulo, principalmente no interior.
Em um vídeo obtido pelo Metrópoles, o indivíduo confessa que sabia que as garrafas seriam usadas para colocar bebidas falsas e seriam vendidas em baladas. Veja:
A operação foi coordenada por policiais da 1ª Delegacia da Divecar (Investigações sobre Roubo e Furto de Veículos). Segundo, a investigação, a operação abre novo leque para identificar a rede envolvida no esquema de falsificação, desde gráfica e empresas de produção das tampas falsas até os responsáveis pelo envasamento das bebidas.
O homem autuado responderá pelos crimes contra propriedade industrial e contra às relações de consumo.
Metanol em SP
Em meio a um aumento de intoxicações por bebidas adulteradas com metanol, o governo estadual de São Paulo já interditou nove estabelecimentos suspeitos de comercializar produtos adulterados, segundo último balanço da Secretaria do Estado da Saúde (SES), publicado na tarde dessa quinta-feira (2/10). O estado conta com 11 casos confirmados de intoxicação e registrou na última atualização o primeiro caso em Guarulhos, na região metropolitana.
O balanço divulgado pela Secretaria da Saúde aponta que, até o momento, são 52 casos de intoxicação por metanol registrados no estado — 41 suspeitos e 11 confirmados. A pasta também informa que o número de mortes está em 6 — 5 em investigação e uma confirmada.
Leia também
-
São Paulo
Bebida adulterada: polícia apura uso de metanol para limpar garrafas
-
São Paulo
Metanol: bares de São Paulo suspendem venda de bebidas destiladas
-
São Paulo
Polícia apreende bebidas em padaria de SP após cliente passar mal
-
São Paulo
Técnica desenvolvida pela Unesp detecta metanol em bebidas com rapidez
Fechados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias estadual e municipal, os bares e distribuidoras estão localizados nos bairros Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca, e M’Boi Mirim, na capital, e nas cidades de Osasco, São Bernardo do Campo e Barueri, na Grande São Paulo. A ação faz parte do comitê de crise aberto pelo governo estadual, que interdita estabelecimentos com base em ocorrências de suposta venda de bebidas adulteradas.
12 imagens
Fechar modal.
1 de 12
Bar Beco do Espeto, no Itaim BibiEnzo Marcus/Metrópoles2 de 12
Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles3 de 12
Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles4 de 12
Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles5 de 12
Torres Bar, na MoccaGoogle Maps/Reprodução6 de 12
7 de 12
Villa Jardim, em São Bernardo do CampoGoogle Maps/Reprodução8 de 12
9 de 12
10 de 12
11 de 12
12 de 12
Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles
Veja números da intoxicação por Metanol em SP:
Casos (52)
- 1 morte confirmada.
- 5 mortes sob investigação (sem contar confirmada).
- 11 casos confirmados por intoxicação por metanol em bebida adulterada.
- 41 casos em investigação de intoxicação por metanol (sem contar confirmados).
Estabelecimentos interditados
- 9 estabelecimentos interditados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal.
- Capital: Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca e M’Boi Mirim.
- Grande SP: Osasco (2) São Bernardo do Campo (1) e Barueri (1).
Intoxicação por metanol
Altamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.
Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.
Sem o uso da dose correta, no entanto, o composto é altamente tóxico à saúde humana. Em meio a uma série de intoxicações pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol em São Paulo, até essa quinta-feira (2/10), foram registradas 52 notificações de casos suspeitos. Do total, 11 já foram confirmados.
Há também seis óbitos associados ao metanol no estado até o momento: um confirmado e cinco em investigação. No país, outras sete mortes seguem em investigação, conforme informou o Ministério da Saúde (MS).
What's Your Reaction?






